A Estreia de Breaking Bad na TV Record
Breaking Bad estreia na TV aberta brasileira, após quase três meses após o anúncio da compra dos seus direitos de exibição pela Rede Record. Muito foi comentado, debatido, consternado, agora chegou a hora de avaliarmos se a emissora em questão exibiu a série como ela merece, nesse dia 14 de janeiro.
A campanha de divulgação foi muito boa, sem dúvidas, de fazer inveja ao AXN. Apesar de alguns deslizes como a criação do slogan "A QuÃmica do Mal" e as desnecessárias alfinetadas ao Big Brother, a emissora fez sim uma grande cobertura, com passeios de um ônibus caraterizado da série pelas ruas de São Paulo; alguns vÃdeos promocionais interessantes; além de grande destaque à série em praticamente todos os telejornais. A emissora, juntamente com sua mÃdia online, publicou dezenas de matérias durante esse tempo, algumas antigas, que você já cansou de ler aqui no blog, mas outras não.
A emissora agendou a exibição da série em um bom horário, 23:15hs, estreando no mesmo dia do infame reality show global. Claro que queriam chamar a atenção para a disputa, mas na prática Breaking Bad não concorreu diretamente com o Big Brother, pelo menos nessa estreia. O horário é um fato positivo, pois acompanhamos algumas séries sendo exibidas de madrugada, com total desrespeito, mas esse não foi o caso.
A dublagem foi algo que incomodou um grande número de leitores do blog, mas não poderÃamos esperar algo diferente em se tratar de uma emissora de TV aberta. A dublagem é padrão, infelizmente, mas a emissora deu, como tradicionalmente, a opção de assistir a série com áudio original, usando a tecla SAP, mas sem opções de legendas, exceto aquelas eletrônicas, sem sincronia, erros, enfim. Sem legenda, não podemos considerar essa. Independente de quem prefere dublado ou legendado, o ideal seria a emissora disponibilizasse a legenda, como forma de opção, daà todos poderiam assistir a série na maneira que bem entendesse.
Nesse caso, as pessoas que preferem assistir a série dublada e as pessoas que assistem a série com áudio original e não precisam de legendas, foram favorecidos. Agora, quem prefere áudio original e precisa de legendas, se ferrou.
Alguns leitores de determinadas operadas de TV a cabo nos informaram que o áudio original não estava disponÃvel para eles, mas na exibição através do sinal digital, constava as opções de áudio.
Alguns leitores de determinadas operadas de TV a cabo nos informaram que o áudio original não estava disponÃvel para eles, mas na exibição através do sinal digital, constava as opções de áudio.
Outro assunto polêmico é referente aos cortes, adotados pelas emissoras, principalmente após a exibição de Spartacus na TV Record, quando estrearam a série com grandes cortes, tirando praticamente 10 minutos de seu piloto, trazendo desconforto aos fãs que estavam revendo a série e indignação aos novos telespectadores. Com Breaking Bad, uma série que tem poucas cenas de sexo, mas com uma certa violência, a emissora garantiu que não haveria cortes. E cumpriu.
A emissora proporcionou uma boa estreia para a série, apesar de que algumas coisas incomodaram, principalmente por continuar dando o subtÃtulo mencionado acima, 'A QuÃmica do Mal', para a série. Mas seria pior se a emissora tivesse resolvido exibir a série com esse nome, que não fez, mantendo o nome original da série. Alguns tweets foram vistos durante a exibição, fato que também desagradou.
Mas podemos dizer que a emissora tratou a série bem melhor do que a maioria das outras séries exibidas no Brasil são tratadas. Não houve cortes, não houve censura (os peitos da loira também aparecem censurados no AMC e também no Netflix, exceto nos boxes da série), não houve intervalos e houve boa cobertura das redes sociais da emissora durante a exibição.
Se a exibição da série tivesse opções de legendas, sem tweets durante a exibição e sem esse slogan abominável que acabaram usando como subtÃtulo, a estreia teria sido perfeita.
Um dia chegamos lá.
Um dia chegamos lá.