Easter Eggs e Curiosidades de "Felina": Series Finale de Breaking Bad
Easter eggs e curiosidades de "Felina", o fim de Breaking Bad. Vamos aos últimos detalhes da série que estiveram escondidos. A coluna é uma das que mais dá trabalho de produzir, porém é a mais divertida. E nesse fim, um misto de tristeza e alegria surge, pois essa publicação soa como uma grande despedida.
Mas vamos lá, tudo um dia chega ao fim e como Breaking Bad, esperamos terminar a cobertura da última temporada no auge. Como bem disse Thomas Schnauz, excepcional roteirista de Breaking Bad: "Não fique triste porque acabou, sorria porque isso aconteceu".
— Desde que anunciaram que o series finale de Breaking Bad se chamaria "Felina", várias teorias começaram a surgir na internet. Mas ninguém acertou. Vince Gilligan já havia confirmado que o nome era um anagrama à "Finale", porém deixou a surpresa para o episódio.
O verdadeiro significado do tÃtulo "Felina" foi tirado da canção "El Paso", de Marty Robbins. Quando Walter vasculha o porta-luvas do carro que roubou, no inÃcio do episódio, ele encontra uma fita k7 e joga no banco ao lado. A câmera focou bem a capa do álbum de Marty Robbins. Quando ele encontra as chaves e vai embora, a música "El Paso" começa a tocar.
A letra da música fala de um pistoleiro que se apaixona por uma menina mexicana chamada Felina (!). Perto do final da canção, o pistoleiro entra em um tiroteio, onde ele é atingido na lateral de seu corpo (!) por uma bala. No final da canção, o pistoleiro acaba morrendo, enquanto Felina se ajoelha a seu lado.
— Uma teoria bem interessante circulava na internet, porém (infelizmente) não foi confirmada. O nome seria componentes quÃmicos: Fe (Ferro), Li (LÃtio) e Na (Sódio). Ferro é o componente quÃmico dominante no sangue. LÃtio é um metal usado na fabricação de metanfetamina. E Sódio é um elemento importante encontrado nas lágrimas.
Uma teoria bem interessante, que, mesmo não confirmada, foi válida para entretermos, imaginando o significado. Teorias nunca são ridÃculas, pois, mesmo não confirmadas, servem para debates que engrandecem o assunto, no caso, Breaking Bad.
— Já que estou falando em teorias não confirmadas, surgiu nos últimos dias outra interessante, mas não passa de coincidência. Breaking Bad exibiu um total de 62 episódios e o número corresponde ao componente "Samário" na tabela periódica, que é utilizado para tratar o Câncer de Pulmão.
Quando decidiram o fim da série, houve grande discussão sobre o número de episódios que seria composto a última temporada. O AMC queria uma última temporada com 13 episódios, enquanto os produtores queriam duas com 13 episódios. Então chegaram a uma conclusão, fechando duas temporadas (5ª temporada A e B) com 8 episódios cada. Eles não definiram o número de episódios com base no "Samário", mas a coincidência foi interessante.
Quando decidiram o fim da série, houve grande discussão sobre o número de episódios que seria composto a última temporada. O AMC queria uma última temporada com 13 episódios, enquanto os produtores queriam duas com 13 episódios. Então chegaram a uma conclusão, fechando duas temporadas (5ª temporada A e B) com 8 episódios cada. Eles não definiram o número de episódios com base no "Samário", mas a coincidência foi interessante.
— Voltando à parte musical do episódio, claro, impossÃvel não falar de "Baby Blue", canção de Badfinger que já deve ser toque de celular de todo fã de Breaking Bad. A música foi inserida nos últimos minutos da série, quando Walter se despedia de nós. A canção trás várias frases que podemos associar tranquilamente à Breaking Bad, sem dúvidas, mas claro, o "Baby Blue" de Walter é o seu trabalho, seu laboratório, que tanto tens orgulho.
Letra e tradução de "Baby Blue" aqui
Outras músicas do episódio:
"Faust Ballet Music" de Charles Gounod, ouvida quando o casal "Schwartzes" entrava em sua casa.
"Lydia the Tattooed Lady", o ringtone de Todd: música do filme "At the Circus", por Marx Bros.
Curiosidades:
— O dispositivo que Walt usou para controlar a M60 é um produto chinês, UN-4001 Central Lock System Car , um bloqueio de estacionamento central com controle remoto. As letras das Nações Unidas sobre a caixa é censurada, coberta por uma etiqueta com código de barra. É o único produto chinês a ser mostrado na série.
— Rima visual em referência à "Crawl Space" 4x11:
Além do ângulo de visão idêntico, nota-se claramente uma parte do rosto de Walter escurecida e outra parte mais clara, simbolizando a dualidade do personagem. Isso é visto frequentemente na série, e nesse episódio foi visto outras vezes, quando Walter se olha no retrovisor, por exemplo. É cotidiano na série e não é exclusividade em Walter. Os olhos sombreados muitas vezes significam a obscuridade dos personagens. Hank é outro personagem que teve a sua obscuridade ilustrada, simbolizando o "lado negro" que o personagem passava. Mas nesse caso especÃfico de Walter, os olhos fechados podem estar simbolizando, claro, a morte.
— Durante a cena onde Walt se despede de Skyler, a imagem de sua esposa é refletida no microondas, porém, a cena, apesar de ter sido linda, não foi proposital. Vince Gilligan assumiu que foi completamente acidental. Gilligan admite não saber como ele conseguiu isso e até recebeu elogios do editor do episódio. Mas foi linda!
— Mas no caso abaixo a história é diferente, foi super intencional. A cena final, onde vimos Walter se despedindo de seu "precioso", vimos uma distorção no reflexo, como se ali estivéssemos vendo o reflexo de Walter e Heisenberg. Em certo momento parecia estar sem cabelo e com óculos com armações mais claras. Trabalho sensacional de Michael Slovis e de Vince Gilligan.
— A placa do carro onde Walter hospedava a M60 tem terminação "516", referência ao último episódio da série: 5x16
— Just for today", frase vista no chaveiro do carro que Walt roubou. Essa frase não está lá atoa e pode ser usada em diversos modos que se encaixariam perfeitamente na série. Deixo essa com vocês, só por hoje.
— As cores mais uma vez estiveram muitos presentes em Breaking Bad, nesse caso, claro, o vermelho, que significa "perigo". Foram vistos em objetos, principalmente onde os neonazistas foram dizimados, na casa de Lydia, na M60 de Walter e claro, no controle de seu carro.
— E pra encerrar, um muito obrigado. Os produtores agradeceram a cidade de Albuquerque pelos incrÃveis seis anos; o AMC agradeceu a nós, telespectadores, por termos acompanhado um "mal" tão bom; e o Breaking Bad Brasil agradece a todos os leitores que nos acompanharam nessa intensa cobertura, de forma harmoniosa, interativa e sensacional.
Mas a cobertura ainda não terminou. Aguardem a próxima edição do Breaking Cast!
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